quarta-feira, 25 de junho de 2025

O acaso a meu favor - Página 06

 Pagina 06 – Capitulo 01.

 

Por clara...


Ao ouvir oque a minha até então chefe falou, pois acabei de descobrir que essa mulher não passa  apenas disso, né? Minha chefe!!!

 

Respiro fundo fecho os olhos, abro lentamente olhando para o Augusto que com um olhar me pede paciência, mas como um bicho de espirito solto que sou, apenas devolvo o mesmo tom.

 

 

— É sério isso? — Clara perguntou, com uma frustação amarga na voz.

 

 

— É só um procedimento, Clara. Você foi ríspida e me atendeu de forma desrespeitosa. Imagina se fosse um cliente?

 

Ao ouvir aquilo meu sangue ferveu. A mulher me tratou com desrespeito desde do momento que cheguei, ofereci ajuda diversas vezes e essa mocreia diz que "minha conduta" foi desrespeitosa com ela? Agir com um certo deboche, confesso, mas trata-la mal, jamais. 

 

—  Bom, Ve..Verônica, certo? —  Pergunto seu nome com uma falsa duvida. - Irei assinar sua advertência com o maior prazer.

 

— Não é pessoal — Verônica respondeu, virando-se de volta aos demais funcionários. — Tenho que manter o padrão de penalidade com todos de maneira semelhante.

 

Sigo em direção ao meu caixa, pego a mochila que havia chegado e guardado ao lado da minha cadeira na hora que abrir o caixa, a ponho em um dos meus braços, e ao ver oque estava fazendo, Augusto me olha e pergunta.

 

 —  Oque você está fazendo? —  Ele me olha meio desesperado, olho para ele e digo.  —  Indo assinar a minha advertência, não foi isso que recebi agora?

 

A tal da Verônica olha para mim como se eu tivesse fazendo a cena de uma  novela mexicana, e isso me irrita a ponto de soltar de uma vez só.

 

Cruzo os braços, ofendida de um jeito que doía fundo, não pela advertência , pois se realmente tivesse chegado atrasada daquela maneira aceitaria assinar aquele maldito papel sem relutância, mas poxa, estava ali vestindo a camisa da empresa mais do que qualquer um ali. Olho para aquela mulher com zero paciência e solto.

 

— Engraçado. Quando eu varri o chão duas horas depois do meu turno, não ouvir ninguém me advertir por isso. — comecei a citar alguns episódios abusivos na cara dura, sem medo de transformar essa advertência em uma demissão. 

 

—  Quando fiquei até meia-noite organizando o estoque no mês passado, também não.

 

Nessa hora, minha indignação começa tomar voz, e minha fala vai saindo cada vez mais firme e sem freio.

 

 — Ou quando mais uma semana abro mão da minha folga, como hoje — Nesse momento tenho a atenção total dela. — quando funcionários faltam e tenho que vim de ultima hora andando  quadras e mais quadras para vir cobrir não só o caixa, mas estoquistas e até mesmo a área da limpeza.

 

Nessa hora sinto que sua expressão de alguns minutos atrás sumiu, e um silencio constrangedor me deu gás para denunciar alguns abuso daquela gestão. E nesse momento vejo a irá do Augusto sobre mim, mas sinto que já está na hora de dar um basta nisso. Estou soltando a corda sobre esse emprego. Não vejo mais o intuito de crescimento com uma gestão tão injusta e imoral assim. Penso comigo mesma.

 

 — Estou cansada demais para discutir sobre o certo ou errado.  — Digo de maneira cansada.

 

 — Ainda mais em uma semana onde venho trabalhando dezesseis horas por dia, sem nem ao menos ver a cara do meu gato direito de tão cansada que chego em casa.

 

Vejo Verônica apertar os lábios, como se quisesse dizer algo, mas não conseguia encontrar uma palavra quaisquer. E então dei um passo à frente.

 

— Eu não tô aqui por salário, Verônica. Não sei se você sabe disso. Eu visto essa camisa como se fosse minha, assim como muitos hoje aqui presente. — Vejo a incredulidade de alguns ao me ver falar de maneira tão unilateral. 

 

—  E, se o seu irmão ou o seu agora gerente, não é mesmo? —  Digo me referindo ao Igor e ao Augusto. —  não consegue ver isso... se vocês preferem se esconder atrás de um protocolo para nos manter na linha como funcionários  comuns... 

 

 Respiro fundo, sentindo o gosto amargo da falta de valorização sobre alguns funcionários, inclusive a mim. —  Então talvez estejamos no lugar errado.

 

Arrumo as duas alças da mochila em minhas costas e me viro em direção a porta, nem ao menos olho para trás, mas digo em alto e bom som para meu gerente ouvir.

 

—  Amanhã eu assino o papel da advertência, tudo bem Augusto? —  Não espero uma resposta, apenas agacho para passar pelo portão já que ele estava meio fechado por conta de reunião, e vou embora.

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