quarta-feira, 25 de junho de 2025

O acaso a meu favor - Página 05

 

Pagina 05 – Capitulo 01.

 

Ao ir caminhando para o meu caixa, a moça que estava andando pelos corredores entra na minha frente me parando a alguns metros do caixa e diz.

 

- Você que é a mocinha atrasada para o serviço? - Estava meio atordoada então não percebi o tom de desdém daquela mulher.

 

- Sim, houve um imprevisto, mas estou aqui. - Digo tentando soar o mais suave possível.- Você precisa de ajuda com alguma coisa?

 

Ao ouvir oque falei, ela começou a da uma mini risada sem humor e solta um "Ainda de faz de sonsa".

 

Ao ouvir aquilo, não entendi exatamente o porque da fala, porém analiso aquela mulher de cima a baixo, e penso comigo mesma: - "Se oque fosse de linda, tivesse de educação, até a trataria bem".

 

Sei que cheguei bem mais que trinta minutos, mas poxa, estou aqui cobrindo uma pessoa em minha folga, aonde deveria estar em minha casa descansando, e vim ouvir de uma dona muito bonita por sinal, mas muito mal educada por sinal um, "Ainda se faz de sonsa", é demais!!!

 

   - Moça, primeiramente Bom dia! - Digo de maneira já como quem está com pavio curto. - Espero que esteja bem, mas preciso abrir o caixa para lhe atender melhor, tudo bem?

 

Com o tom mais debochado que aprendi nesse mercado com o pessoal, usei com aquela mulher. Ao ouvir a maneira que usei as palavras, sentir que se ela pudesse pegar no meu pescoço e apertar até sessar sua raiva, ela faria isso.

 

Dando a volta ao caixa, me agacho para ligar o computador, e em si já começo a tirar o lixo que mais uma vez não tiraram no turno da noite. Ao ver que a mulher se posicionou em frente ao meu caixa com uma mão na cintura e a outra solta me encarando como se precisasse de alguma explicação a questiono novamente.

   

    - Moça, mais uma vez...- Já começo a dizer de forma impaciente. - Você precisa de alguma coisa?

 

Começo a fazer um mantra mental para aquela mulher colaborar comigo enquanto vou direcionando o mouse para o aplicativo que abre o sistema para iniciar o caixa, ao perceber que ela não falaria nada, a encarei com quem diz: - "E aí minha filha, adianta! tenho o tempo todo não."

 

Ela arruma sua postura, e olha em meu olhos e quando ela menciona em falar alguma coisa, a peço licença e chamo o novato:

 

     - Meu querido...- Tento me lembrar do nome dele, mas foge da cabeça.

 

     - Vou te pedir um favor, tá bom? - Ele arregala os olhos para mim, e assente com um balançar de cabeça meio ansioso.

 

   - Preciso que você vá lá no fundo e peguei uma vassoura e uma pá...- Ele vai assentindo a medida que vou falando. - E limpe aqui na frente pra mim, tá bom?

 

Ele some do meu campo de visão em questão de segundos, me viro para a caixa de controle que abre o portão por completo do mercado, e aquela moça de maneira mais séria continua me encarando como se quisesse minha cabeça em uma bandeja.

 

Ao me olhar incrédula, ela apenas me faz uma pergunta como se quisesse uma confirmação óbvia.

 

      

     - Garota...- Ela da um suspiro pesado e pergunta. - Você não sabe mesmo com quem está falando?

 

E com um olhar mais perdido que pude lhe oferecer disse.

 

     - Não moça, não lhe conheço...- Entrando no caixa e puxando minha cadeira para sentar. - Mas me diga, que celebridade a senhorita é?

 

Vejo ela abrir a boca em sinal de indignação com a minha fala, e percebo que estou começando a me divertir com essa dona.

 

     - Vem cá garota...- Bate suavemente uma das mãos no caixa. - É assim que vocês tratam os clientes por aqui?

 

De maneira divertida a respondo esperando mais alguma reação explosiva sua.

 

        - Não, apenas pessoas mal educadas e antipáticas como vossa senhoria. - Digo revirando os olhos e saudando uma cliente que entra no mercado. - E vai por mim, sou a melhorzinha desse mercado. - Finalizo minha frase.

 

 

Por Verônica

 

Não acredito no aquela menina disse para mim na cara dura, será que ela não tem noção com quem está falando? acredito que não, acredito que não mesmo. Ao ver meu irmão vindo em minha direção com um rapaz com cerca de uns trinta anos, acredito ser eu que seja o gerente. Ao parar em minha frente me cumprimenta, acredito eu que o Igor tenha mencionado que eu estaria aqui, ou pelo menos era oque eu imaginava.

 

O rapaz parecendo estar um pouco alterado por sua expressão, imagino que o motivo seja a ausência dos seus funcionários, ao ver o Igor finalizar alguma coisa que ele estava fazendo em seu celular ele olha para mim, a mocinha respondona e o gerente ao seu lado.

 

       - Augusto, Clara...acredito que eu nunca haviam apresentado vocês a minha irmã. - Nessa hora vi a cara de pânico daquela pirralha. - Essa é Verônica, minha irmã mais velha.

 

Nessa hora de maneira lenta girei em sua direção, e ao ver a cara de pânico e confusão daquela garota foi impagável. O rapaz ao lado do meu irmão também estava com uma expressão confusa, mas envergonhada pela situação. Ao ver ambos, gerente e caixa se olharem como se tivessem conversando em código, vejo a expressão de preocupação no olhar dos dois.

 

- Ah sim, eu a ...- Finjo não ter esquecido o nome citado pelo meu irmão.

 

- Cla...Clara, dona...Ve...Verônica. - Ao gaguejar percebo seu desespero ao ser apresentada a ela como "Dona", que é oque sou desse mercado junto ao meu irmão.

 

-  Clara, acredito que temos muito que conversar sobre seu atendimento...- Digo de maneira dura. - Não é mesmo?

 

Vejo seu gerente olhar de maneira dura para a funcionaria do caixa a minha frente, ela com uma expressão arrependida, apenas encolhe os ombros e assente com um sinal de positivo. Não perco meu tempo, chamo o rapaz que estava limpando a área da frente do mercado, peço a senhorita a minha frente para abaixar a porta pela metade e ao ter a atenção de todos ali presente digo:

 

    - Bom, agora que sabem que sou a irmã do Igor, preciso que saibam de algo. - Tenho a atenção completa de todos ali presente. - Não vim aqui a passeio. Vim para junto com meu irmão poder gerenciar o mercado "Empório da Economia".

 

   - E já digo logo...- Vejo ter a atenção de todos. - Haverá mudanças severas a partir de hoje.

 

Vejo meu irmão me olhar de forma atenta, sem me interromper em nenhum momento. Vejo a cara do gerente suavizar um pouco, percebo que depois de mais de duas horas o restante do funcionários chegaram e digo em alto bom som.

 

       - E Todos aqueles que chegaram atrasados...- Com um olhar severo encaro o gerente presente no momento. - Advertência por escrito para cada um.

 

Olho ao redor encarando os funcionários, e meu olhar decai em uma certa mocinha.

 

- Incluso você. - Ela me olha com um ar de confusão misturado com revolta. 


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